Um novo passadiço costeiro que liga a Praia do Garrão à Quinta do Lago (Ludo), no coração da Ria Formosa, foi oficialmente inaugurado pelo ministro do Meio Ambiente na sexta-feira (7 de maio).

O passeio marginal de 4,8 km no concelho de Loulé foi concretizado no âmbito de um projecto de 3,7 milhões de euros que envolveu também a construção de um novo parque de estacionamento com 427 lugares no Ancão, com mais 16 lugares para pessoas com mobilidade reduzida e quatro lugares para motocicletas.

Pretende-se alargar o passeio marginal até Quarteira e permitir a deslocação a pé ou de bicicleta desde a Marina de Vilamoura até ao perímetro exterior do Aeroporto de Faro.

“Este é o nosso sonho e certamente iremos realizá-lo”, afirmou o Presidente da Câmara de Loulé, Vítor Aleixo.

Com seis áreas de descanso, o passadiço foi erguido sobre as dunas e visa proporcionar aos moradores e turistas um ambiente natural deslumbrante para explorar, disse o conselho local.

As obras envolveram também a remoção de plantas invasoras, a plantação de pinheiros e a construção de cercas de areia para proteger as dunas.

“Desde a sua criação, o passadiço tem atraído muitos visitantes, principalmente no fim de semana, tornando-se um importante espaço de lazer e atividades esportivas, além de permitir a descoberta da fauna e da flora existentes nesta área protegida”, disse o município.

Entretanto, o ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, destacou que Loulé é um concelho que reconhece a importância de ter “áreas tão magníficas como estas”.

Embora o projeto tenha ganhado vida por meio do programa governamental Polis, a gestão do passadiço em breve será transferida para o concelho local.

“Vamos administrar com cuidado porque temos aqui um ativo extremamente importante para a nossa atividade turística”, disse o prefeito local.

No mesmo dia da inauguração do passadiço, foi assinado um protocolo entre o Instituto de Conservação da Natureza e da Floresta (ICNF) e a Associação de Municípios do Algarve (AMAL), que vai conceder aos concelhos de Castro Marim, Faro, Loulé, Olhão, Tavira e Direitos de co-gestão de Vila Real de Santo António sobre o Parque Natural da Ria Formosa e a Reserva Natural de Castro Marim e VRSA Sapal.

Em suma, isso significa que os concelhos agora terão uma palavra a dizer sobre as decisões que são tomadas nessas áreas protegidas.

in "Algarve Resident"